quarta-feira, 19 de agosto de 2009

GREEN DAY, SPARKLING NIGHT

Green Day faz show high-tech em volume máximo
Fotos: Divulgação
GREEN DAY, SPARKLING NIGHT. AMERICAN AIRLINES ARENA. AGOSTO, 4, 2009. Show do Green Day em Miami.
Mal aporto na cidade e fico sabendo que no outro dia teria show da minha banda punk rock preferida. Não podia acreditar, coincidências assim não me acontecem nunca. Incredulamente descobri que ainda havia ingressos. Era a minha vez de conferir o fenômeno Billie Joe Armstrong live por apenas U$ 49,50. Sinto por minha irmã não estar comigo, ela mesma meu vetor para conhecer os meninos de She e Paranoid, tocadas só no violão num momentinho solo. Billie + voz + violão. Mas primeiro o início. A parte João Gilberto ficou para o primeiro bis. O AAA é um imenso ginásio high-tech com seis andares altíssimos divididos em três níveis. O meu era o quinto, pouco recomendado a quem sofre de vertigem. Capacidade: 19,6 mil espectadores.
Kaiser Chiefs faz seu competente show de abertura, não esquecendo de citar a atração da noite entre as músicas, dando uma de simpático para o pequeno público que chegou cedo. Os Chiefs iniciam pontualmente às 20h e o vozeirão de Ricky Wilson faz o megateatro silenciar.
21h cravadas, AAA 90% cheio e a hecatombe começa. Desnecessário dizer que o público cantou junto e respondeu a cada provocação do incontrolável Billie Joe. Sua figura baixinha, debochada e desbocada se agiganta e ele ziguezagueia dementemente pelo palco, seu território. Invade a platéia várias vezes e chega a outros territórios desnorteando o batalhão de seguranças. Ele é o enterteiner da galera prioritariamente teen presente. Brinca com metralhadora lança-chamas, e com uma bazuca acrílica transparente dispara várias camisetas prensadas em todas as direções e pontos do estádio. Empunha outra pistola e dispara rolos de papel higiênico em cima da pista. Com um mangueirão, molha o pessoal da pista, simula masturbação, numa peformance mix Jim Morrison/Madonna, faz sexo com o assoalho. O público a-do-ra. O Green Day pesado também sabe brincar.
Mas nem tudo são flores. A banda sabe seu lugar. Hits e músicas novas são tocados à perfeição. Billie Joe e seus dois amigos formam um relógio suíço daqueles, auxiliados por mais três músicos e não uma, mas duas imensas mesas de som instaladas em um palco absolutamente fantástico. Cascata de fogos de artifício, chuva de confetes e inúmeras explosões literalmente incendiando o palco e acompanhando a batida da bateria. Completando tudo, um telão gigante formando imagens tudo a ver com a arte de 21st Century Breakdown, como o globo holográfico onde, ao invés de brilhar os quadradinhos de espelho, brilham caveiras - ora reproduzindo com muitos efeitos o que acontece no palco, ora servindo de pano de fundo obscuro, misturando técnicas de imagens inventivas, provando que ainda é possível ser novo em duas dimensões.
23h30min em ponto, o melhor show visto por mim até hoje termina com a certeza de que existe vida longa além de American Idiot. Palmas para Billie Joe, Tré Cool e Mike Dirnt, os greeners cantando e tocando sempre no volume máximo.
>>>>> Veja mais fotos e vídeos >>>>> Leia mais sobre Green Day : Fotos do show de Miami e texto também publicado no Clic RBS - blog Volume
Postado por Fernando Fantinel, direto de Miami às 08h59
(Horário de Brasília)
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