segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Muse and Mika II

COMEÇANDO pelo Mika. O disco novo é um pouco diferente do primeiro lançado no Brasil. Vem com um pouco menos de eletrônica, menos dançante, então. Mas nada que tire o brilho desse artista em efervescência. Se valendo novamente da ópera e da chanson francesa ele faz um POP como poucos com refrões espetaculares. Vindo de uma infância atravessada pela guerra do oriente médio, chegando a Londres na pré-adolescência para lá viver e compor, é impressionante como essa experiência pouco interfere nas suas músicas. Vencer esse passado não é pra qualquer um. Apesar de que, crescer na guerra não deve ser muito diferente de crescer no Rio de Janeiro, onde criminosos derrubam helicópteros e as crianças também crescem no caos. Voltando, grande disco em um ano em que a produção musical anda meio meio.
O Muse faz um som grandiloquente apoiado na voz grossa e épica do vocalista. O início do disco é repleto de canções que grudam no ouvido e dizem ao que vieram. A outra metade fica reservada a experimentações e a incursão perigosa no progressivo. Eles se saem muito bem. É uma parte para ser digerida aos poucos, mas que só acrescenta vida longa a um CD poderoso.
Se a produção musical continuasse nesse nível o ano poderia ter esperança de não passar em branco.

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